Herchcovitch voltou um par de décadas no tempo e aterrisou na fervilhante cena artística do Soho nos anos 80, com toda a influência proveniente das ruas e do grafismo produzido por artistas como Jean-Michel Basquiat. No entanto, ao invés de apresentar uma coleção caricata e cheia de referências literais, ele dosou muito bem os elementos desse universo street e elevou o denim (matéria-prima principal dessa segunda linha do estilista) às últimas consequências da sofisticação.
Presente em quase todas as peças, o denim sem lavagem ganhou requintes de alfaiataria elaborada, ainda que recebesse acabamentos brutalistas que passeavam entre o resinado e camuflado (será que a padronagem, que anda esquecidinha, volta com tudo?). Outra mostra de sutileza na hora de dar um upgrade no material eram os ombros arredondados, unânimes na passarela de inverno da marca, que é voltada para um público mais jovem. (BARBARA LEÃO DE MOURA)
Preste atenção: no acabamento resinado (preto e branco) de algumas peças, lembrando couro. Com efeito contrário ao que acontece normalmente, a resina emborrachada vai cedendo e, no caso da versão clara, revelando o denim escuro por baixo.
Ponto alto: sem dúvida as saias lápis que fecharam o desfile. Com barra de babados, comprimento abaixo do joelho, silhueta 40′s e estampa camuflada verde militar, elas retratavam à perfeição a elegância com twist que Alexandre faz tão bem.
Mimo: todos os acessórios com a caveira que é marca registrada do estilista, da prancha superenvernizada às sacolas minimalistas, ora de couro, ora de lona na cor camelo.
Ponto alto: sem dúvida as saias lápis que fecharam o desfile. Com barra de babados, comprimento abaixo do joelho, silhueta 40′s e estampa camuflada verde militar, elas retratavam à perfeição a elegância com twist que Alexandre faz tão bem.
Mimo: todos os acessórios com a caveira que é marca registrada do estilista, da prancha superenvernizada às sacolas minimalistas, ora de couro, ora de lona na cor camelo.
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